Corrupção

Justiça do Rio manda prender Rei Arthur

Ele é acusado de pagamento de propina a delegado

A Justiça do Rio determinou a expedição de ofício à Interpol. Arthur está preso administrativamente nos Estados Unidos
A Justiça do Rio determinou a expedição de ofício à Interpol. Arthur está preso administrativamente nos Estados Unidos |  Foto: Divulgação
 

A Justiça do Rio pediu, nesta quinta-feira (12), a prisão do empresário Arthur César de Menezes Soares Filho, conhecido como Rei Arthur. 

Segundo a 1ª Vara Especializada da Capital, o delegado Ângelo Ribeiro de Almeida Júnior deve ser afastado da Polícia Civil e da Assembleia Legislativa do Rio.

Eles são acusados pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. 

A Justiça determinou a expedição de ofício à Interpol solicitando a extradição do Arthur Soares, que está preso administrativamente nos Estados Unidos e com audiência marcada para esta sexta-feira (13). 

Entenda o caso

De acordo com a denúncia oferecida pelo Ministério Público, Arthur Soares é acusado do pagamento de propina ao delegado em troca de proteção em inquéritos tributários da Delegacia Fazendária, na época comandada por Ângelo Ribeiro. 

Também constam como denunciados a mulher do policial, Renata Andriola de Almeida, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, Eliane Pereira Cavalcante e Claudio de Albuquerque Haidamus, por corrupção ativa e lavagem de dinheiro, diz o MP.

De acordo com a acusação, para ser beneficiado em inquéritos policiais, relacionados a empresas das quais era sócio ou tinha interesses, Arthur Soares transferiu, em agosto de 2014, R$ 2 milhões para que o delegado e sua mulher adquirissem a franquia do restaurante L’Entrecôte de Paris, em Ipanema.

Tudo isso através de um simulado contrato de mútuo - diversas versões do simulado contrato foram localizadas no decorrer da investigação -  que foi utilizado como forma de encobrir a propina negociada, a fim de atender aos interesses do empresário para que os inquéritos tributários não o prejudicassem.

O delegado esteve lotado na delegacia entre 2008 e 2015, quando apurados diversos indícios de enriquecimento ilícito, com uma abrupta mudança de seu padrão de vida. No período, inquéritos relacionados a Arthur Soares tramitavam durante anos, sem terem sido concluídos. 

Depois, Ângelo foi cedido à Alerj, por meio do então deputado Jorge Picciani, para atuar na presidência e posteriormente esteve nomeado para exercer consultoria orçamentária e financeira da Casa Legislativa, onde se encontra atualmente lotado.

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